A guerra entre Ucrânia e Rússia iniciou-se no dia 24 de fevereiro de 2022. Por meio de
ataques aéreos e terrestres, a Rússia deu início à chamada “Operação Militar Especial”. O
ataque foi só o estopim para o início de um conflito que vem de longa data. A constante
busca de aproximação por parte da Ucrânia ao Ocidente, desde a década de 90, vem
descontentando a nação russa, principalmente, com sua entrada na Organização do
Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Ataques anteriores, por parte da Rússia, já haviam sido
feitos, como em 2014, que invadiu a Criméia, uma península localizada ao sul da Ucrânia,
com o intuito de anexá-la em seu território. O objetivo dessa anexação se dá pelo
posicionamento geográfico estratégico da região.

            Após mais um ano de conflito, o cenário ainda segue incerto, mais de 8.500 pessoas
morreram e outros 14 mil ficaram feridos na guerra, segundo a ONU (Organização das
Nações Unidas). Além das perdas carnais, o mundo inteiro perdeu com a guerra, isso
devido à importância global dos países envolvidos, e, ainda, devido às sanções e restrições
comerciais impostas tanto aos 2 países, quantos aos seus parceiros comerciais.

            O agronegócio foi sem dúvida muito afetado pela guerra. A importância de ambos os
países nos diversos mercados do agro, como fertilizantes, produtos relacionados à energia,
grãos etc., alteraram, de forma inesperada, o ciclo de comércio e negócios da agricultura
mundial.

            A dinâmica de fertilizantes foi um dos setores mais afetados, isso porque estamos
tratando de regiões que possuem alta concentração de jazidas minerais, riqueza essa que,
quando somada a tecnologia, é convertida em capacidade de extração e,
consequentemente, na produção de adubos. Por se tratarem de grandes exportadores, tais
países eram responsáveis pelo abastecimento de grande porcentagem de localidades do
globo que possuem forte influência na agricultura, como Brasil e Estados Unidos. Devido a
essa quebra de abastecimento, vimos um mercado muito instável, no qual o risco de

desabastecimento por parte das nações importadoras e o forte aumento de preços de tais
produtos, uma média mundial de 140%, segundo a USTDA, forem fortes empecilhos para
os produtores de diversas regiões do globo.