A geada é um fenômeno climático que ocorre em boa parte do Brasil, com uma atuação direta no setor agrícola. Este fator climático ocorre com a queda da temperatura a valores abaixo ou igual a zero, na superfície exposta ou no ar próximo ao solo. Vale ressaltar que ele ocorre principalmente na presença do orvalho, o qual em baixas temperaturas é congelado e traz danos às superfícies das plantas. (MANDELLI, 2006).

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Levando em conta essas baixas temperaturas, este fenômeno tende a ocorrer nas estações do outono a primavera, principalmente de maio a setembro, época associada à chegada das frentes polares no Brasil. Além disso, de acordo com os relatos históricos, as geadas tem maior ocorrência em anos de eventos como a La Niña (AGUIAR; MENDONÇA, 2004).

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O solo funciona como um difusor de calor na superfície da atmosfera, absorvendo calor durante o dia, o que possibilita a irradiação desse calor para a atmosfera durante a noite. Com a ocorrência da difusão do calor do solo ao ar, temos uma redução da densidade do ar, fazendo com que este suba na atmosfera e seja perdido. Isto gera a redução da temperatura da região próxima ao solo (região dos primeiros 20 metros de altura), caracterizando o fenômeno da “Inversão térmica de irradiação” (ACOSTA et. al, 1971). Assim, no processo de formação da geada, esse fenômeno é de grande importância, ocasionando nas baixas temperaturas.

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Com isso, temos diferentes tipos de geadas, entre elas a advecção, conhecida também como geada negra. Essa ocorre em condições de ar frio e seco, com a presença de ventos fortes, que incidem com as plantas, reduzindo a temperatura e atingindo o ponto de congelamento do suco celular, que é diferente para cada espécie (GRODZKI, 1996). Dentro deste tipo ainda existe a geada de canela, a qual se caracteriza por ventos que vão rentes ao solo em morros, ocasionando o congelamento da seiva dos caules e a obstrução dos vasos, necrosando a mesma.